sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Mais um capitulorum

Bem... estou aqui para postar mais um capitulorum do meu conto, escrito por mim mesmo, e com a colaboração de Glauber. aviso que o começo deste conto está na postagem Io Quericus serem... lá embaixo. Também quero agradecer aos comentários que fizeram do meu último post (Lexicorum foi muuuuuuuuuuuuuuito bom!). Também devo relatar que meu feriado de 20 de novembro será ótemo! passarei em companhia da SemantiCACA e da PRAGAmática, além do rito de exorcismo de insônia, aquele bendito livro azul... Depois deste pequeno preâmbulo de um narrador onisciente intruso, aí vai mais dois capítulos!

Capítulo 7 – A pira dos 20 danos

Estava em mais uma aula de Literatura com o professor Valter. Estava falando do Romantismo no Brasil. Como já sabia isso, tendo em vista que foi matéria do ano anterior, comecei a desmontar o meu pequeno relógio de pulso. Vi que daria para incrementá-lo com pequenas coisinhas como um microprocessador de vários e vários gigabytes, uma pequena tela de plasma quântica de sete polegadas e meia, um reator de fissão nuclear subatômico, uma pequena arma de prótons, uma descarga de elétrons, um micro projetor de imagens holográficas com a máxima resolução de potência e um telefone celular por hora, já que eu não tinha as ferramentas certas no local.
Quando percebi, como eu poderia ter feito tudo aquilo em um mero relógio de pulso. Tinha alguma coisa no ar. E tinha mesmo. Minutos depois, a nossa querida diretora chamada de Medeia adentrou sutilmente em nossa sala para comunicar que queria uma reunião urgente com os terceiros anos.
Ninguém sabia qual era o motivo de tal reunião. Isso rendeu um tremendo bafafá nos terceiros anos. Depois do almoço, quando estavam na escola somente os terceiros, todos os alunos dirigiram-se ao anfiteatro da escola. Lá estava formada uma banca de cientistas, no centro estava sentada a Medeia.
-ALUNOS DO CPF – gritou a diretora – VOCÊS ESTÃO AQUI HOJE PORQUE OCORREU UM GRAVE ACIDENTE. NO ANO PASSADO, UMA EXPLOSÃO PODE TER AFETADO O METABOLISMO DE VOCÊS.
- Como assim, diretora? – perguntou uma menina alta e feia do 3ºC.
- Bem, deixe-me explicar – disse um dos cientistas – Eu sou o doutor Pompeu, e esses são Pompílio e o Dr. Pomposo. Parece que ocorreu aqui um caso de mutação de genes em massa. Algum elemento estranho estava no ar que ao tomar contato com outro elemento mais perigoso e fosforescente explodiu e emitiu radiação transformadora. O que isso quer dizer? Que agora todos vocês que tiveram contato com tal explosão podem manifestar habilidades especiais. Peço que diante de tais manifestações nos comuniquem imediatamente, pois é o governo dos Estados Unidos, ops, das Nações Unidas que zela por vocês. Muito obrigado, pois a América é dos americanos.
Uma fogueira de pensamentos invadiu a minha cabeça formando uma verdadeira pira. Que explosão seria essa que ocorreu no ano passado? Que tipo de habilidades especiais ocorreria? Como e quando elas apareceriam? Qual é o motivo, a razão, a causa e a circunstância de tal acontecimento? E porque aquele cientista falou que a América é dos americanos e se engasgou falando Estados Unidos e depois corrigiu por Nações Unidas? Tem gato nesse balaio.

Capítulo 8 – Crônicas de guerra – o robô, a marciana e o holograma

Agora eu tinha já descoberto que tais habilidades especiais vinham das principais qualidades e defeitos da pessoa. Em mim foi potencializada a inteligência, em outros seriam outros super-poderes. Agora eu aprendi a controlar minha intensidade criativa e genial ou pelo menos ter as ferramentas certas, como uma chave inglesa de laser. O meu relógio também teve melhorias. Poderia acessar a internet com ele, acionar todos os recursos existentes através do teclado ou dos botões de acesso rápido e uma mega freqüência comunicadora que um dia poderia ser útil.
Ninguém apresentava nada de anormal na sala, tudo estava do jeito que era para ser: Sue estava montando uma peixaria em sua carteira promovendo uma liquidação de peixes frescos que cuidavam da pele. No CPF é muito comum as meninas venderem tranqueiras de todos os tipos, de inocentes trufas até uma bomba atômica. Tem de tudo nesta feira informal. O único problema é não deixar que a professora descubra ou que a Medeia pegue em flagrante.
Para variar, estava em mais uma aula vaga, a professora pediu que adiantássemos nossos trabalhos. Então a maioria das pessoas adiantava seus trabalhos noturnos, como por exemplo, a Elisama, que roncava na carteira ao lado. Ou então vendiam bugigangas como a Sue. Parece que a Aninha se interessara por um dos peixes, até que Sue lhe enfiou o peixe na cara. Aninha quis retribuir, mas parece que quem levou o peixe foi a coitada da Thalita. Thalita estava tão contente com o peixe que tacou ele para o fundo, fazendo uma linda cena romântica. Patrícia estava bocejando quando o peixe mais que voador uniu seus lábios frios aos lábios de Patrícia.
- Ai que nojo! – exclamou Patrícia.
Enquanto o bendito peixe voava pelos quatro cantos da sala, eu terminava os últimos ajustes do radar ultramarino. Quando terminei, meu pulso esquerdo começa a tremer. Quando fui ver era o relógio que estava no modo vibrador. Nisso foram acionados os projetores. Letras vermelhas grandes com os dizeres “mensagem para o Billy”. Enviei a mensagem para o celular do Billy, mas ela voltava para mim. Então decidi abri-la.
Nisso, os hologramas projetaram uma imagem toda negra, que parecia uma vassoura com bigode. Ela começou então a falar:
- Saudações Glauber, sou o Comandante F e eu serei o seu chefe. Estou requisitando seus serviços como agente para nos ajudar a combater as forças imorais que querem explorar as habilidades especiais dos integrantes do CPF. Eu sempre poderei me comunicar com você, mas lembre-se: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Nisso o peixe caiu em cima de Elisama que estava no sétimo sono. Ela logo gritou segurando o peixe na mão se não se podia dormir sossegada naquela sala. O Comandante F ouviu todo o berreiro.
- Nossa, a Elisama parou de ser chorona? – disse o Comandante F.
- Sim Fêfo, agora ela converteu suas lágrimas em um sono profundo.
- Raios, como você descobriu minha identidade. Não responda agora, a missão que eu proponho é a seguinte, descobrir as habilidades especiais de cada um que apresentá-las. Depois, pedir que ela se alie a nossa equipe, em que você deverá liderar e deixar a identidade das pessoas em segredo, para elas não serem raptadas para fins escusos. Aceita?
- Sim. Mas que tipo de inimigos eu vou enfrentar? – perguntei.
- De todos os tipos, porém não sei quem são eles, porém sei que eles trabalham para uma multinacional americana e querem vocês como espécimes de laboratório. Aliás, se prepare para o primeiro ataque!
Nisso, um robô de dois metros de altura e dois braços com pinças invadiu o CPF. A maioria das pessoas começou a sair correndo para todo o lado. Desci correndo para o pátio coberto. Lá estava o robô. Ele tentava capturar alguns alunos. Então apertei um botão do meu relógio e logo estava armado para a guerra.
- Hei robô idiota, que tal vir me pegar? – gritei.
O robô com pinças logo se virou e veio para o meu lado. Eu logo apontei o meu relógio para ele e apertei um pequeno botão. Logo saiu um belo raio roxo com bolinhas amarelas que destroçaram uma das pinças mecânicas. Porém, outra logo substituiu. O robô avançava cada vez mais, eu tentava outros tipos de raios letais, que tinham os mesmo efeitos.
- Oi Glaubinho, você não acha bonita essa tiara? – disse Suzana com uma tiara que tinha duas antenas verdes.
- A tiara é linda, Suzana. Agora vê se dá o fora. – disse preocupado.
Nisso uma luz verde ofuscou a visão de todos e no lugar de Suzana estava a Miss Universo. Era somente a Suzana com duas antenas verdes, com um vestido verde longo comprido e sapatos de esmeralda.
- Deixa que eu acabe com ele! – disse Miss Universo.
E Suzana, ou melhor, Miss Universo fez um aceno e montes de flashes ofuscou-me a visão e quando voltei a enxergar, vi somente os destroços do robô no chão. Suzana tirou a tiara e voltou ao normal.

Um comentário:

Srta. Smilla disse...

E eu com esse meu relógio xinfrim que no máximo mostra a hora e a data e solta uns apitos descontrolados de vez em quando!

Mesmo com super poderes, você acha possível encarar num único dia a Dona Pragamática, sua parenta Semanticaca e ainda a maldição de cor azul? Isso não são super poderes: são super-ultra-mega-plus-advanced poderes especiais!

Adoro seus contos (são bem melhores do que os que nós estamos analisando!) Continue escrevendo!