Munus nostrum

Caros leitores e AMADAS (e também furiosas) leitoras, primeiramente, no último postorum cause muita polêmica que acho que esse crítico é o que deve ser pisoteado! De preferência por uma manada de elefantas! Hunf! Ouvi algo muito interessante, neste dia que se finda. Cada um de nós tem um munus (dom). Pode ser a memorização, a oratória, a inteligência, a praticidade, fazer tricot como ninguém, fritar bolinho de chuva sem o bendito bolinho ficar encharcado de óleo, cozinhar, escrever, ler, animar, compreender, falar bobagens, ser engraçado, ter fluência em vários idiomas, saber de bandas que ninguém sabe, gostar de animais, ser acolhedor, ser sincero, escrever na lousa com caligrafia pedagógica, etc.
Eu sei que devo ter alguns dons. Mas do que adianta eu guardar o dom para mim? Devo utilizá-lo para o bem comum. Se meu dom for fazer bolinho de chuva, ele é muito necessário numa reunião de amigos. (quem não gosta de bolinho de chuva?) Quem fala bem, pode se tornar um grande orador, um líder e mudar algo nesse país. Quem canta é sempre necessário para animar aos grupos, melhor ainda se acompanhar alguém que toque algum instrumento.
A grande questão é: saber e respeitar os dons de cada um. Eu admiro a destreza manual, principalmente de vocês, amadas leitoras, pois eu sei que não tenho esse dom. Também devo ter algum dom interessante. A grande questão é utilizar este dom para o bem comum. Se o meu dom, acaso for escrever, posso suscitar a fúria contra um machista, ou então dizer a perspectiva minha sobre alguns momentos femininos, como também posso despertar a páthos para um assunto que cause a nossa indignação. Posso fazer rir, posso fazer chorar. Porém, caso eu as tenha indignado no meu último postorum (até apareceu certa pessoa do CEFAM!), foi uma grande chance de ter o postorum mais comentado de meu blogerum, além de fazer uma engraçada discussão. Mas saibam todas vocês que as respeito e muito, muitas vezes eu não as compreendo (quase sempre), mas as admiro.
Contudo, nós, portadores dos cromossomos XY também devemos ter coisas admiráveis, dons interessantes. Muitas vezes vocês não nos entendem também. Mas a verdade é que um precisa do outro, cada um com seu dom, seja ele beleza, inteligência, destreza, força, etc. Pois é assim, na união e na tolerância recíproca que nascerá o bem comum.