domingo, 19 de novembro de 2006

Identidatio

Bem... Gostaria de falar um pouco sobre Sem os outros... Estou sentindo isso! Sempre temos de imitar alguém: nem que sejamos nós mesmos. E como seria o mundo sem os outros? Será que assim poderíamos realmente sermos o que somos? Mas o que somos não deriva daquilo que aprendemos? A experiência não é nada mais que um aprendizado! E todo aprendizado deixa marcas, mesmo que tentamos apagá-las, elas permanecem... Não temos um vazio dentro de nós!
Ok... Momento delirante após análise de Conto (que ainda não redigi).
Vamos falar sobre coisas mais amenas: eu agradeço às ilustres desconhecidas que lêem o meu blog (desconhecidas porque ainda não consegui ligar o nome à pessoa, e ilustres pois comentam os meus postorum! muito very gracias a vocês). Já os conhecidos que não lêem o meu blogerum e muito menos comentam o que escrevi: estou triste com vocês... Mas a minha vingança já começou (hahahahaha) Lembra-se da última aula o que fiz com Fb? Aquilo foi só um aviso (hahahaha). Brincadeirinha! Na verdade eu decidi não fazer nada, a não ser continuar escrevendo (e lendo o rito de exorcismo da insônia, capa azul e cheio de páginas!).
Por falar em escritos... A estória Eu quero ser ganha hoje mais dois capítulos. Leiam e divirtam-se! Caso queiram ler os primeiros Capítulos, vá em Arquivorum e abra o postorum Io quericus serem e comece a ler. Obrigado e perdoai-me, eu não sei o que faço!
Capítulo 9 – “O exorcismo”

Suzana não parava de me atazanar para eu lhe devolver a tiara. Eu já havia cansado de falar não. Mas ela não entendia... Ela queria por que queria utilizar a bendita tiara a toda hora para aparecer a Miss Universo. Contudo, consegui convencê-la utilizando uma nova modalidade do meu pequeno relógio: o isolante acústico.
Ela aprendeu a cantar a Ave Maria em latim tão bonitinho... Deu até pena de tirá-la de lá... Mas depois o pessoal da sala queria que ela voltasse para o isolamento e cantasse sozinha.
Livre, continuei programando novas funções em meu relógio. Marta olhava curiosa para o que iria acontecer. Ela tinha muita maldade em seu coraçãozinho. Desejava que o relógio pifasse.
- Acho que esse relógio vai pifar! – praguejou Marta.
Não deu outra, após dez minutos, o relógio explodiu, claro que silenciosamente, já que a bateria dele parou de funcionar. Isso é que dá comprar relógio em camelô e ter a Marta praguejando.
Porém, no outro dia, vim com um relógio novo, comprado em loja de verdade e até com garantia. Marta não perdeu tempo praguejando, porém esse novo relógio tinha um dispositivo “anti-praga”.
Estava tudo ocorrendo muito bem até que chegou a aula de Filosofia. A professora Danielle já estava com sua bendita apostila aberta. Falava sobre Sócrates.
- Sócrates foi um filósofo que filosofou muito. De tanto filosofar, olhe o que está escrito na linha três do segundo parágrafo: “Sócrates nasceu em Atenas, e não se dava bem com os sofistas”. Entenderam? Sócrates, que nasceu em Atenas não gostava dos sofistas.
Nisso, o meu braço esquerdo começou a tremer, e novamente o projetor holográfico foi ativado. Estava escrito: mensagem para o Billy.
- Glauber, tão novo e já tem ataque epilético? – comentou maldosamente Marta.
- Quanta maldade em seu coração, Marta! – respondi com firmeza.
- Continuem a ler a apostila! – gritou a professora Danielle.
Abri então a mensagem fingindo ler a apostila, nisso lá estava Fêfo, com seu belo bigode. Já disse que ele parecia uma vassoura com bigode? Bem, mas o caso é que ele apareceu e logo começou a falar.
- Agente Glauber, eu detectei aqui da nossa organização secreta que um grande mal se aproxima do CPF, porém não consegui identificá-lo. Também estou enviando o novo projeto de “Trans-materializador” da nossa Cientista J. Acho que você poderá utilizá-lo. Até mais e boa sorte.
Então, vi como construir o bendito “Trans-materializador”. Era preciso utilizar uma antena, e alguns equipamentos extras, mas que eu conseguiria fazê-lo em menos de cinco minutos.
Dito e feito, eu terminei a nova geringonça do meu novo relógio. Era fácil, só reconhecer o número da identidade digital de quem você quer materializar ou transportar e apertar o confirma.
De repente, ouve-se um barulho estranho, um barulho de atabaques, com uma música estranha começou a ecoar dentro da escola. Era mais ou menos assim: ô ô ô ê ô lê lê lê lê ô ô ô ê ê lê lê lê lê ô... Nisso, mudou-se a expressão da professora, ela começou a dizer coisas estranhas como: “Sócrates morreu porque era viciado em cicuta”. A cara dela estava cheia de veias saltadas. Seus olhos estavam vermelhos e esbugalhados, além dos cabelos que estavam desgrenhados.
- Bando de porcos estudantis, vocês não prestam atenção em minha aula, para ratos como vocês, nada melhor que uma invasão de ratos infernais! – disse a “prôssuída”.
Um monte de ratos nojentos e com olhos esbugalhados invadiram a sala. Eu fiquei no meu lugar e ativei uma barreira eletromagnética, que os ratos não conseguiam penetrar. Mas o resto da sala estava em cima de suas carteiras. Thaís começou a gritar, mas tão desafinado e tão agudo que nem os ratos agüentaram e começaram a pular pela janela.
Tive então uma idéia genial, sabia quem era a pessoa mais indicada para resolver problemas dessa ordem. Acionei o “Trans-materializador” e logo apareceu uma antena no meu relógio. A antena emitiu ondas azuis que resultaram numa explosão rosa, donde saiu o Padre Merry de um filme muito conhecido.
- Padre Merry, nós temos aqui um caso de possessão demoníaca, o senhor poderá nos ajudar?
- Claro, onde está o possuído? Ah, eu tive um caso muito parecido.
Então o padre Merry começou a tacar um crucifixo na cabeça da Jacqueline dizendo orações em latim. Tabita ficou muito revoltada e mordeu o braço do padre.
- Nunca mais faça isso com minha amiga! – exclamou Tabita – Você está bem Jacquizinha?
- Bem, eu acho que vou ter que chamar outro reforço... – disse desconsolado.
E após dígitos, antenas e explosões cor-de-rosa, apareceu o padre Que Medo. Logo que foi explicada a situação, o padre foi para perto da mesa flutuante.
- Isso tudo não existe! É charlatanismo. Vejam – disse ele ao tirar uma tesoura do casaco e cortar os fios de nylon que faziam a mesa e a cadeira flutuarem – isso tudo é puro charlatanismo!
Ninguém viu, mas Maria saiu da sala durante a confusão, e ninguém viu aonde ela foi. Porém entrou na sala uma senhora muito idosa que já usava uma bengala, óculos e claro, um lenço na cabeça. A senhora trouxe umas plantas, para ser mais exato, arruda e começou a recrutar gente para segurar as arrudas. Sue, Aninha, Raquel, Patrícia e Juliana estavam segurando as arrudas.
- Que você vai fazer? – perguntei à senhora.
- Vou tirar esse espírito de porco dela, meu filho, numa simpatia muito forte. – respondeu a senhora.
Então as cinco meninas começaram a bater na professora possuída com a arruda. E logo ela caiu inconsciente. Tinha acabado de sair o espírito de porco. Porém, Jacqueline começou a levitar, retirou a camisa do uniforme e disse que era ela a possuída. Ela mandou os dois padres para o seu local de origem e agora queria implantar o reino de caos e terror no mundo. Eu, porém, atentei para um fato que eu tinha a meu favor, a constituição escolar. Fui até a porta e chamei a tia Márcia, nossa inspetora.
Quando tia Márcia chegou e viu a Jacqueline daquele jeito, flutuando e sem a camisa do uniforme, não teve jeito. Pegou ela pela orelha e a levou para a diretoria. Nisso, ouvimos como a diretora encerrou o assunto.
- EU NÃO QUERO DEMÔNIO QUE NÃO USA UNIFORME NESTA ESCOLA. VOCÊ ESTÁ EXPULSO E VOCÊ MENINA, VOLTE LOGO PARA A SUA SALA E COLOQUE A CAMISA DO UNIFORME!

Capítulo 10 – Imprevisão do tempo

Era mais um dia de uma semana em que o tempo estava ensolarado e quente. Tudo estava quente no CPF, inclusive os alunos às vésperas das provas bimestrais. Sue mais uma vez esquecera de estudar para as provas de Noemia, e o calor não estava ajudando em nada.
- Ai, amiga, não tem lógica esse tal de signo lingüístico! – disse Sue para Maria – Signo não é Dragão, Cachorro, Serpente, Macaco e mais outros?
- Ai Sue, para de falar besteira! – disse Maria enfezada – Isso está me irritando.
- Eu não te dei esta liberdade de falar assim comigo! – gritou Sue.
- Ah! Vá procurar tuas liberdades em outro lugar então! – responde Maria muito mal humorada.
Como disse, o clima estava muito quente. Já fazia uma semana que tudo estava tranqüilo. Depois da possessão demoníaca da professora só ocorreram uma invasão de aranhas gigantes, derrotadas pelas Meninas Mais que Furiosas, um trio de super-heroínas de macacão de cores diferentes, uma era vermelha, quem liderava, outra era preta, e a última azul. Cada uma dominava um elemento, vermelho o fogo, preto a terra e azul o ar. Elas utilizaram tais elementos e enxotaram as aranhas do CPF. Também uns casos de assombrações foram resolvidos por mim, com o meu relógio, mandei um tal de professor Amazonas passear bem longe da escola, com a ajuda da Velha (aquela que inventou as tais arrudas para tirar espírito de porco).
Estava eu sossegado terminando uns ajustes no meu armário para que ele ficasse com muito mais espaço, além de ter um compartimento secreto. Estava colocando o último parafuso da dobradiça, o meu braço esquerdo começa a tremer. Quando vi, era mais uma mensagem do Fêfo.
- Billy, eu descobri algumas coisas muito interessantes. Quem está atacando o CPF não é somente uma pessoa, mas algumas. Temos a Doctor D, que é perita em robôs e nanotecnologia, temos também a Ki Nabo, uma feiticeira muito poderosa, temos também a Madame N que controla os mais variados animais existentes. Devem ter mais alguns que não descobri, mas fique alerta. – disse Fêfo.
Ao terminar a mensagem, meu radar mostrou que o CPF estava novamente em ataque. Parecia um robô gigante. Todos saíram na maior correria, sobrando somente a Forja da Fúria. Elas se transformaram nas furiosas. Suzana também encarnou a Miss Universo e Maria transformou-se na Velha.
Desci ao encontro do robô. Era maior que o último, porém tinha algo de estranho nele. Quando apontei o meu relógio, ele ativou um escudo protetor. Ao chegaram as Meninas Mais que Furiosas, ele formou micro poros de absorção de calor e vento e fixou-se na terra. Miss Universo chegou atacando com seus flashes de luz, porém o robô os refletiu para ela mesma que ficou muito tonta.
- Desta vez eu os pegarei – disse uma voz saindo do robô.
Do robô saiu uma tela de plasma, onde apareceu uma pessoa muito baixa que usava avental de cientista e estava num laboratório. Devia ser a Doctor D. Ela estava controlando o robô via satélite.
- Eu descobri a lógica de luta de todos que venceram os outros desafios, agora meu robô utiliza todas as defesas possíveis e imagináveis para todos os seus ataques. E se surgir um novo super-herói, ele se fortifica contra o ataque, até ver a natureza e a lógica que o tal herói utiliza. Rendam-se! – disse Doctor D.
- Eu não te dei essa liberdade de invadir a minha escola! – disse uma voz esganiçada.
Uma nova heroína apareceu. Ela utilizava botas de cano alto verde musgo, com uma saia amarelo marca texto, uma camisa verde fosforescente, uma máscara da tiazinha e tinha uma malinha nas mãos. Em seu peito tinha as letras SSN. E ela foi para o ataque. O robô bem que tentou se defender, mas de uma chuva de tubarão de plástico? Isso sem falar da hora em que ela começou a pular corda com o robô.
- Agora eu vou ser uma meteorologista. O tempo hoje será de muito sol, sem possibilidades de chuva! – previu Sue.
O robô utilizou a defesa refletora contra raios solares, porém caiu uma chuva de meteoritos de gelo, danificando a defesa.
- Acho melhor dizer que acontecerá uma chuva de granizo! – previu novamente Sue.
Um tremor de terra acabou com as pernas do robô, que estava preparado para uma chuva de meteoros. E cada vez que a Super Sem Noção fazia uma previsão, acontecia qualquer coisa. Até uma onda gigantesca de tatus-bola ocorreu. Ela falava sol, vinha nevasca. Se ela dizia nevasca, vinha uma onda gigante. Se for onda gigante que a Super Sem Noção previa, vinha uma neblina corrosiva. E assim o robô gigante foi derrotado pela falta de lógica da Super Sem Noção, que para comemorar, disse que faria sol no final de semana. Choveu o final de semana inteiro!
Ah sim... esqueci de comentar que o capítulo "O exorcismo" é um dos melhores! Mas eu tive de cortar algumas cenas, como por exemplo, o INRI Cristo aparecendo e tentando exorcisar a "prôssuída"... E claro, a multiplicação das baboseiras que ele fez junto com o Quemedo! Também fiquei devendo na aparição da verdadeira possuída, a luta entre o Inri Cristo e o Toninho do Diabo... Mas o final é aquele mesmo!
Obrigado!

4 comentários:

Srta. Smilla disse...

Ainda bem que na letras não tem ataques: do jeito que aquele prédio tá, morreríamos todos soterrados!

quanto ao nosso recíproco "desconhecimento" (ou melhor, o seu desconhecimento, porque eu sei quem você é, ha ha ha) vou dar um jeito: terça-feira vou chegar na maior cara de pau e dizer "Oi Glauberi, sou a Luise!""

Não fiz isso antes porque sou tímida e tenho medo de virar a SSN!
MAs vou dar cara ao nome, tudo bem?

Anônimo disse...

vingança do que???
Eu, Fb, não fiz nada pra vc...
rsrsrsrs
vc q às vezes fala algumas besteiras...
hahahahaha

D ... disse...

hum... chegando a essa altura a gente fica fazendo previsões, tão nonsenses quanto as da SSN. Eu acho que a velha da arruda é mais assutadora que a prôssuida. ela vai dominar o mundo (ou a história).

Babi disse...

Eu leio, só não costumo comentar...