Amadas leitoras (umas nem tanto) e caros leitores, estou aqui para dizer que os últimos postoruns eu estava meio tritorum e trevorum... Até disse que me perdi. Bem... descobri que eu não me perdi, e sim os outros me perdem, o que resta a mim é a eterna busca para me encontrar. E espero que o Todo-Poderoso me ajude! Essa tristeza, que de vez em quando aparece, começou quarta-feira 29/11, logo após a prova do Martinho. Fiquei triste e cabisbaixo, e até meio desanimado. Não sei o que ocorreu, somente apareceu. Deve ser o cansaço por um bom semestre terminado. E assim, fui me destruindo para, como a Fênix, renascer. Mas naquele dia, as pessoas me viram a escrever um conto, que agora reproduzo:
Fluxo de Água
Em uma noite chuvosa, Serafim observava pela janela de seu quarto os pingos que escorriam. A árvore grandiosa com seus grandes galhos tremulava ao vento. Parecia que a árvore estava lutando contra a força do vento. Do fim da rua ouviu-se um longo uivo.
Serafim gostava de ouvir o barulho das gotas respingando no telhado. Embalava como uma grandiosa orquestra, normalmente ele dormia com tal sinfonia, mas isso não ocorria nessa noite.
Um pernilongo incomodava a Serafim a ponto de não conseguir dormir. O zunido era enlouquecedor. Os respingos continuavam a bater na janela, os uivos continuavam, a árvore tremulava e o zunido não parava.
Silêncio. Serafim não ouviu mais nada. Não existia o barulho da chuva, nem os trovões. Não tinha mais uivo. A árvore estava imóvel, com seus grandes e ameaçadores galhos. Não se ouvia o vento. Até o pernilongo parara. Tentou ligar a luz.
Trevas. O pequeno pernilongo paralisado no mio do ar demonstrava o que ocorrera: o tempo parara. E Serafim foi o único a não se submeter a Cronos.
A clepsidra parou de pingar, a ampulheta, com suas areias, estava estagnada. O velho e inútil relógio de carvalho da sala não se movia.
Silêncio, silêncio, silêncio.
Serafim estava sendo sufocado pelo silêncio em meio às trevas. Saiu correndo pela rua imóvel. Tudo estava petrificado. As gotas de chuva nunca chegavam ao solo. O cachorro não terminava de rasgar o saco de lixo. A grande e poderosa árvore não se movia. O namorado nunca abria o guarda-chuva para abrigar sua namorada.
Zé Guloso não terminava a sua grande garfada de peru. Aquelas luzes que viviam piscando nas casas não piscavam. Só havia estátuas e silêncio. No desespero infernal, Serafim vê algo muito interessante. Corre para chegar mais perto. Ele estava só de cueca samba-canção. Admirava-se com um pequeno fluxo de água que corria rumo ao bueiro.
Com a aurora, Serafim decide não se levantar. Preferiu ficar em sua quente e aconchegante cama, afinal, estava com um grandioso resfriado.
Em uma noite chuvosa, Serafim observava pela janela de seu quarto os pingos que escorriam. A árvore grandiosa com seus grandes galhos tremulava ao vento. Parecia que a árvore estava lutando contra a força do vento. Do fim da rua ouviu-se um longo uivo.
Serafim gostava de ouvir o barulho das gotas respingando no telhado. Embalava como uma grandiosa orquestra, normalmente ele dormia com tal sinfonia, mas isso não ocorria nessa noite.
Um pernilongo incomodava a Serafim a ponto de não conseguir dormir. O zunido era enlouquecedor. Os respingos continuavam a bater na janela, os uivos continuavam, a árvore tremulava e o zunido não parava.
Silêncio. Serafim não ouviu mais nada. Não existia o barulho da chuva, nem os trovões. Não tinha mais uivo. A árvore estava imóvel, com seus grandes e ameaçadores galhos. Não se ouvia o vento. Até o pernilongo parara. Tentou ligar a luz.
Trevas. O pequeno pernilongo paralisado no mio do ar demonstrava o que ocorrera: o tempo parara. E Serafim foi o único a não se submeter a Cronos.
A clepsidra parou de pingar, a ampulheta, com suas areias, estava estagnada. O velho e inútil relógio de carvalho da sala não se movia.
Silêncio, silêncio, silêncio.
Serafim estava sendo sufocado pelo silêncio em meio às trevas. Saiu correndo pela rua imóvel. Tudo estava petrificado. As gotas de chuva nunca chegavam ao solo. O cachorro não terminava de rasgar o saco de lixo. A grande e poderosa árvore não se movia. O namorado nunca abria o guarda-chuva para abrigar sua namorada.
Zé Guloso não terminava a sua grande garfada de peru. Aquelas luzes que viviam piscando nas casas não piscavam. Só havia estátuas e silêncio. No desespero infernal, Serafim vê algo muito interessante. Corre para chegar mais perto. Ele estava só de cueca samba-canção. Admirava-se com um pequeno fluxo de água que corria rumo ao bueiro.
Com a aurora, Serafim decide não se levantar. Preferiu ficar em sua quente e aconchegante cama, afinal, estava com um grandioso resfriado.
Bem... acho que ficou perceptível uma pequena diferença entre o "eu" de alguns dias atrás e este novo "eu" que vos escreve, amadas leitoras e caros leitores. Se vocês perceberam, no Linquorum há um novo endereço: O crítico. Muito bom, recomendo! Até mais amadas e caros!
3 comentários:
G!
Vc me linka meu blogue justamente quando eu cito vc no meu post?!
Hahahahhaa vão dizer que foi combinado...
Abraço, que bom que retomaste o bom-humor!
que história é essa de "umas leitoras nem tão amadas"? Espero que não seja eu :(
Quanto ao conto, adorei.
E fico muito feliz por você ter se descoberto uma fênix, a lendária ave de "Harry Potter e a Câmara secreta" (rs)
tb não quero ser uma das "nem tão amadas" :( poxa! até que eu gosto de vc.
adorei as descrições do conto. ficaram poéticas.
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